Peço desde já imensa desculpa aos leitores e leitoras por não ter vindo cá durante a semana para vos oferecer aquilo que vocês gostam (os postes ou lá como se chama estas coisas, porquê postes se não parecem postes daqueles dos telefones ou outros postes? Tenho que perguntar aos meus netos) porque estive muito ocupada com os cachopos, os meus bisnetos, ou quer dizer, a bisneta, que coitadinha esteve doente e tive que ir ao médico e comprar uns tecidos novos lá a Lisboa.
Hoje venho manifestar o meu desagrado com o Natal de hoje, qualquer dia juntamente com os papéis do supermercado e com os reclames das coisas da escola dos catraios, em Agosto ou Setembro, já vem os anúncios do Natal!
Eu, Joana Maria, sempre montei as coisas do Natal no 8 de Dezembro, e quando era pequena nem árvore de Natal tinha, e o menino Jesus só ia parar ao presépio no dia de Natal, que no meu tempo era a 25 de Dezembro. E pensam que havia estas misérias destes brinquedos que deformam a mente dos miúdos? Nem pensar! Punha-se a botinha ao pé da lareira e esperava-se que no dia de Natal pela manhã estivessem lá uns rebuçaditos, uns docitos, e a ceia de Natal não tinha cá carnes ou qual coisa do género, era o bacalhauzinho com couves e batatas, uns docinhos e para os que tinham a carteira mais cheinha havia ananás! Ananás desses que vem 5 por 2,5€ na Costa da Caparica? Isso não havia! Coitadinha da minha Laurinha e da Suzaninha, que ainda são do tempo dos rebuçadinhos, também, não tinhamos dinheiro para luxos, só o João Maria é que já tinha essas obras do consumismo no Natal.
Então não é que eu vou a Lisboa um dia destes e encontro tudo o que é sítio com montras de Natal e luzinhas e penduricalhos? O governo devia exigir que só se pusessem os enfeites no 8 de Dezembro!
Quanto aos meus cachopos, nem pensem que eu lhes vou dar essas coisas dos poquémons ou dos gueimesbóis que eles me pedem às vezes, ando eu já como de costume de volta da máquina de costura que essas coisas feias eu não gosto de oferecer, ofereci um desses bicharocos à minha Lulu há uns anos atrás, como é que era aquilo, um támágóchi, invenções lá dos chineses, e depois a miúda não via outra coisa, nem pensar, não os quero retardados.
Quero o meu Natal em Dezembro.
sábado, 3 de novembro de 2007
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