domingo, 30 de dezembro de 2007

Acordo Ortográfico

Ora então, isto não é que vamos passar a escrever pior? Ou sou eu que não gosto de mudanças? Ora, isto, eu sei que não sou a melhor escritora de todas, valha-me Deus, eu também quase que nem estudei!
Outro dia, estava eu lá na cozinha a preparar os docinhos de Natal com as minhas cachopas e aparece o meu mais velho a dizer que iamos passar a escrever de maneira diferente. Isto há lá coisas, credo, haja vergonha, está certo que vamos passar a ter 26 letras no nosso alfabeto, acho muito bem, quando é para mais e melhor e para simplificar, acho bem que a gente mude. Por outro lado, quem é que fala português? Os portugueses de Portugal!!! Quem manda, portanto, somos nós. Então por que é que nós é que temos que cortar letras e escrever como os brasileiros, e não o contrário? Não acho bem! Para os queridos leitores que ainda não se aperceberam, temos 10 anos para ir mudando a nossa forma de escrever: há uma série de acentos que foram suprimidos, principalmente de verbos (vêm passa a escrever-se vem, se isto tem algum jeito!), e as consoantes mudas desaparecem. Protesto! Então eu, velhota, terei que escrever "batismo" em vez de "baptismo"?! Vou ficar "afetada"...
Isto é caso para dizer: "burro velho não aprende línguas"...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O Brasil É Alérgico Às Pulgas

O Brasil é o meu cão. Já tem alguma idade, tem 6 anos, mas é tão maricas como os cachorros pequenos. E por que é que ele se chama Brasil? Olha, porque a minha Clotilde, a minha neta do meio, que tem 8 anos, assim quis que ele se chamasse. Tinha ela 2 aninhos quando o Brasil foi lá para casa ainda pequeno, e eu perguntei-lhe como é que ele se ia chamar. Ora então a miúda exclamou um "Baziú!", muito alegre, se calhar nem queria dizer Brasil, mas como foi o que eu percebi, foi com esse nome que ficou o bicho: Brasil. E é um bicho lindo, palavra, e realmente faz lembrar lá aqueles brasucas de cabelinho aos caracóis muito, muito miudinhos, escuro!
Mas não estamos aqui para debater o nome do animal, coitado, que ainda por cima anda doente e já tem ralações de sobra. Como os meus caros leitores e leitoras hão-de ter reparado, a D. Joana tem estado ausente. É que a boa da Suzete teimou que havia de ir à terra para fazer os preparativos do Natal. O meu Brasil, que é um cão de estufa destes da cidade que dormem na cama do dono e têm mais mimos que os conguitinhos em África, decidiu ir explorar o matagal lá das traseiras. Eu nem me preocupei com o bicho, tem lá as vacinas e as coleiras da bicharada feia e isso tudo em dia. Pois então não é que o meu Brasil desde então tem andado que só se coça, só se coça? E o pior nem é isso! Magano do animal gane, não come, tem febre, pobre bicho! Vai-se a ver o couro, e zás, tem ali pulgas que já serviam para alimentar um regimento de chineses! Pobre bicho, levei-o à tosquia, e agora está vermelhusco e cheio de frio! Bicho fino, hein? Cão de estufa até às pulgas é alérgico! Isto há lá coisas...